Há sempre qualquer coisa de absurdo nestas organizações e acções de extrema-direita portuguesa como aquela que se realizou ontem em Lisboa contra a "Islamização da Europa". Olha-se para os neonazis nacionais, para os racistas mais empedernidos, e fica-se com a sensação que, pelo aspecto (coisa a que os racistas dão muita importância), são todos descendentes dos mouros que por cá viveram e uma parte por cá ficou. Se há uma coisa de que os portugueses deveriam ter pudor era o racismo, pois somos todos fruto de múltiplas trocas genéticas, descendentes dos mais variados e desencontrados povos. Se noutros lados a ideia de uma comunidade etnicamente pura é um delírio, em Portugal só pode ser o fruto de uma cegueira física. Basta olhar para os portugueses para perceber que somos, felizmente e essa é uma riqueza e uma das nossas vantagens, o fruto de mil encontros. O racismo é moralmente reprovável e, no caso dos portugueses, um exercício absurdo de negação da nossa identidade real.
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