O mais interessante do conjunto de debates em torno das próximas eleições não é os debates em si mesmos, mas o que vem depois. Discute-se quem ganhou o debate, como se aquilo fosse um jogo de futebol ou uma guerra com vencedor e vencido claramente determinado. O problema é que o colégio de árbitros é tão objectivo quanto um comentador de futebol ao serviço de um clube. Por exemplo, sobre o debate entre André Ventura e Paulo Raimundo li um comentário de imprensa em que o dirigente comunista tinha cilindrado, usando uma metáfora corrente no futebol, o dirigente do Chego. Num outro comentário também de imprensa, o resultado era exactamente ao contrário. No fundo, o que influencia o eleitorado não será o desempenho dos candidatos, mas o alinhamento dos comentadores, os quais estão longe de serem desalinhados politicamente.
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