Antes que o dia acabe e se entre em reflexão, quero dizer
que não percebo em que planeta vive o pessoal do PSD de Torres Novas. A
campanha é miserável, para não dizer inexistente. Parece que distribuem um
panfleto com o pessoal para a Câmara e Assembleia, uma esferográfica e uma
caixa para a medicação da terceira idade. Portanto, uma aposta no futuro. Ao pé
do Bloco de Esquerda, são uns amadores de terceira. E depois a lista, se
comparada com antigas listas do PSD, dá vontade de rir. Bem, eu sou suspeito,
mas foi o que me pareceu. Até o CDS, uma raridade por aqui, esteve melhor.
sexta-feira, 29 de setembro de 2017
quinta-feira, 7 de setembro de 2017
Passos Coelho
Não há ninguém que pense e aconselhe este pobre rapaz? Por
mim, tudo bem. Eu não voto no PSD nem na direita. Mas há coisas que confrangem.
Passos Coelho parece aqueles jogadores que não foram convocados pelo treinador,
mas que nos cafés dizem que se eles jogassem a equipa ganhava por mais e até ia
duas vezes à frente do campeonato. Ele acha que fora do círculo dos militantes
do seu partido alguém o leva a sério, por maior que seja a sua máscara de frade
pregador? Ser alternativa ao governo é ter alternativas e não as mesmas
políticas, mas que seriam melhores só porque seriam feitas pelo enviados do
Senhor que aterraram todos no PSD. Isto é de uma infantilidade desmedida. Ora o
país precisa que o governo e a maioria sejam confrontados com alternativas
políticas inteligentes, bem pensadas e adaptadas ao país que existe (e não ao
que se supõe existir). A democracia faz-se de confronto pacífico, mas firme. O
país tem tudo a ganhar se o confronto for inteligente, exigente, bem preparado.
Ora uma oposição casuística e cheia de patetices como estas pouco exige ao governo
e à maioria que o suporta. A sério, até a mim, que não o quero no governo,
estes exercícios (que nunca podem ser testados) me confrangem.
domingo, 3 de setembro de 2017
Continuação da religião
Clausewitz disse que a guerra é a continuação da política
por outros meios. Eu, depois de ter a infelicidade de ver as notícias na
televisão, digo: a política é a continuação da religião por outros meios. A
sério. O Passos Coelho e o Jerónimo Sousa parecem párocos de aldeia a fazer
homilias a uma tribo de fregueses desocupados. O Costa dá ares de bispo
malandreco, sempre à espreita de piscar o olho à primeira freira que se lhe
atravesse no caminho. Já a Catarina Martins e a Assunção Cristas são autênticas
irmãs da caridade. De congregações diferentes, claro, mas mesmo assim do mesmo
credo. E depois é preciso muita fé - uma fé que só Deus pode dar e ele anda
avaro, diga-se - para os podermos levar a sério. Não, aquilo não é política. É
religião. Pura e dura.
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