O caso da demissão de Ana Jorge da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa é um péssimo sinal do modo com o actual governo entende a prática política. Não está em causa o facto da demissão em si. Mudou o governo e a Mesa da Santa Casa de Lisboa é um lugar apetecível. O que é inaceitável é o tom de violência usado no comunicado governamental. Um terrível ataque à competência de uma pessoa que é vista, geralmente, como uma servidora pública exemplar. Não bastando isso, depois de demitida foi ameaçada que lhe seria posto um processo crime por abandono de funções se ela não continuasse nas funções de que tinha sido demitida. Este comportamento é inexplicável numa democracia liberal, e deixa perceber a existência, mesmo na direita democrática, de fortes tiques autoritários e justicialistas.
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