Dos concorrentes - falo dos cabeças-de-lista - às eleições europeias, o mais articulado é João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal. Associa essa articulação a uma capacidade de comunicação e clareza discursiva bastante boa e, ainda, à ausência de qualquer toque de arrogância. Seguem-se-lhe Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, e Sebastião Bugalho, da Aliança Democrática. São ambos bem articulados politicamente, com facilidade comunicacional, mas há em ambos, mais nele do que nela, um certo toque de arrogância, que nem sempre é fácil esconder. João Oliveira, da Coligação Democrática Unitária, apesar das inegáveis qualidades políticas, não consegue evitar o embraço causado pelas posições relativamente à Ucrânia, à NATO, à União Europeia e ao Euro. Fica perdido, quase afogado na linha oficial do partido. Marta Temido, Partido Socialista, Francisco Paupério, Livre, e Pedro Fidalgo Marques, PAN, são candidatos mais frágeis, menos estruturados politica e discursivamente. Tânger Correa, Chega, parece um erro de casting.
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