Durante algum tempo, o governo andou a proclamar que as contas herdadas do anterior governo não eram assim tão certas. Estava a preparar uma narrativa que o libertasse de alguns compromissos eleitorais - provavelmente, irresponsáveis. Na Europa, porém, não foram na conversa sobre a situação do país. O governo, mudou de rumo, e voltou às suas promessas. Reduzir receitas fiscais e aumentar despesas. Por certo, estas opções são estratégicas e visam aumentar a o espaço eleitoral. Depois, há que criar uma situação que leve a oposição a chumbar o orçamento de Estado e provocar eleições. A esperança é a de alcançar - embora, não se imagine como - uma maioria absoluta, para que o verdadeiro programa possa vir ao de cima. Até agora nenhum tema conflitual foi abordado e dificilmente será. Resta saber quanto tempo as finanças públicas suportarão a estratégia governamental. Imagine-se que os socialistas se abstêm na votação do próximo orçamento. O governo precisa de continuar em campanha eleitoral mais um ano ou, então, voltar à realidade e, em vez de ganhar espaço eleitoral, começar a perder eleitorado.
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