A formação do cidadão deveria começar com a leitura do
capítulo VIII, do primeiro livro de Samuel. Está lá tudo sobre o nosso desejo
de sujeição e aquilo a que nos sujeitamos. A formação do político, antes de se
passar para Maquiavel, começaria com a tragédia grega. Com Agamémnon, de
Ésquilo, e Édipo Rei, de Sófocles. Como são instrutivas. Ao vitorioso
Agamémnon, ao chegar ao lar vindo de Tróia, esperava a morte. Não melhor
destino, pois mais doloroso, coube ao sagaz Édipo. Como teria sido instrutivo
António Costa ter faltado a umas reuniões da juventude partidária para meditar
tais tragédias. A Tykhe é uma deusa
muito volúvel.
...Pois, mas da mesma guerra regressou Ulisses que, devido à hybris, penou até chegar à sua ilha natal de Ítaca, ao chegar, apenas o cão o reconheceu e os pretendentes ao trono, mais do que a Penélope, lhe delapidaram o património. Contudo, esta, também ela esquecida das feições do esposo, fá-lo passar por provas/questões para se certificar da sua identidade e lhe reconhecer finalmente o seu lugar de rei e marido. Terá o povo português capacidade de resiliência e de raciocínio tal?
ResponderEliminarMas a questão principal é, depois de tudo isto, o que se fará para alterar o estado das coisas, pois teremos outros verões e outonos, mais do que como continuará o ping-pong político.
Não faço ideia sequer se estamos interessados em alterar isto. E não me refiro apenas aos políticos. Talvez alguma coisa seja feita para que tudo continue na mesma.
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