O melhor deste manifesto que parece que anda por aí a
entusiasmar parte da militância PPD/PSD é a citação em epígrafe. De quem? De
Jacques Rancière.
E quem é Jacques Rancière? Um filósofo francês que escreveu
coisas como estas: «A única herança comunista que vale a pena examinar é aquele
que nos é oferecida pela multiplicidade de formas de experimentação da
capacidade de qualquer um, hoje como ontem. A única inteligência comunista é a
inteligência colectiva construída através dessas experiências.»
Mas, dirá o leitor, ele, na citação fala de democracia. Pois
fala. Então aqui fica o esclarecimento: «Devemos simplesmente chamá-lo (ao
futuro da emancipação) de "democracia"? Existe uma vantagem em
chamá-lo de "comunismo"? Vejo três razões para esse sobrenome. A primeira
é que enfatiza o princípio da unidade e da igualdade das inteligências. O
segundo é que enfatiza o aspecto afirmativo inerente à colectivização deste
princípio. O terceiro é que indica a capacidade de auto-superação inerente a
este processo, o seu infinito que implica a possibilidade de inventar futuros
que ainda não são imagináveis.» [Para Rancière ver aqui.]
Não tarda, o pessoal do PSD anda por aí a cantar a
Internacional. Avante, camaradas.
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