Há coisas que nem Marcelo Rebelo de Sousa pode dizer. Todos
sabemos que ele é muito afectuoso, nada num mar de ternuras e inclinações, e
que lhe foge a retórica para a divagação familiar. Aquilo que, todavia, nem ao
tinhoso do belzebu lembra, lembra ao actual Presidente da República.
Entusiasma-se, entusiasma-se, e lá deixa sair alguma coisa que ou está
escondida no recôndito da alma ou em que ele acredita como acreditava na vichyssoise que vendeu a Paulo Portas.
Pródigo tanto no ditirambo como no encómio, perante a figura da esposa do
Professor Aníbal Silva, não se conteve e nomeou-a, a posteriori, madrinha dos portugueses, pelo menos durante 20 anos. Temo
que, se for convidado para alguma homenagem à senhora Lurdes Rodrigues, aquela
que pastoreou os professores, no tempo do senhor Sócrates, ainda a designe como
a mãe dos professores portugueses, se não mesmo o seu anjo protector. Às vezes,
era melhor que o Presidente em vez de abrir a boca para falar fosse para
introduzir uma colher de vichyssoise.
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