O Livre tem um método de escolher as candidaturas que parece merecer muitos aplausos. Organiza umas eleições internas, denominadas vulgarmente por primárias, nas quais podem participar militantes e simpatizantes. As coisas, todavia, não correm sempre bem. O primeiro caso foi a escolha de Joacine Katar-Moreira para encabeçar a lista de candidatos ao parlamento pelo círculo de Lisboa. Foi eleita, mas logo entrou em ruptura com o partido e deixou, durante a legislatura, o Livre sem representação parlamentar. Agora, parece ter havido uma estranha votação num dos candidatos à liderança da lista do Livre ao parlamento Europeu.
São demasiados casos para validar este tipo de escolha das candidaturas. Sabe-se, perfeitamente, que pode haver uma espécie de sindicato de votos a favor de um candidato, pode haver penetração de elementos estranhos aos ideais do partido para escolher um candidato problemático, etc. A democracia é feita de partidos. Estes devem escolher os seus candidatos de acordo com os objectivos do partido no momento eleitoral. Se se pretendem abrir aos simpatizantes, então devem ter regras com algum rigor para que essa abertura não acabe por jogar contra o próprio partido. Não temos a tradição americana de primárias e a falta dessa tradição é uma razão aceitável para continuar a não a utilizar.
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