A notícia de que a Guardia Civil (Espanha) desmantelou uma rede terrorista ligada ao Estado Islâmico que preparava um grande ataque contra contra o Real Madrid e os seus adeptos (aqui) é mais um sinal sobre uma realidade política que, por diversas razões, uma parte dos actores políticos - nomeadamente, à esquerda - se recusa a ver. Uma parte do Islão político, não diferençável do Islão religioso, está em guerra aberta contra o Ocidente. É verdade que os muçulmanos não são todos terroristas, nem serão a maior parte. Também é verdade, todavia, que o Islão contém em si uma legitimação para esta guerra e isso é um problema político sério.
Aquilo que é hoje minoritário, pode ser amanhã um movimento de massas de grande amplitude contra o modo de vida ocidental. Foram os sectores democráticos de direita e de esquerda que entregaram à extrema-direita uma bandeira que lhe dá votos e que tem todos as possibilidades, nas mãos de extremistas, de criar grandes perseguições. Não há incompatibilidade entre as pessoas que praticam a religião muçulmana e os valores demo-liberais, mas parece haver uma clara incompatibilidade entre o Islão e esses valores. O problema não é de fácil solução, mas os partidos democráticos terão de o enfrentar, pois se o não fizerem em alguns países da Europa, será a extrema-direita a fazê-lo.
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