Algumas propostas do novo líder da Juventude Social Democrata (aqui) mostram que os partidos democráticos, apesar de algum conservadorismo institucional e hábitos instalados de pensar a realidade social e política, têm capacidade de se abrir aos novos ventos sociais. Vale a pena sublinhar três dessas propostas.
Em primeiro lugar, a limitação dos mandatos de deputados a três. Aquilo que se poderia perder em experiência acumulada devido a sucessivas reeleições seria compensado pela emergência de novos protagonistas, trazendo sangue novo e novas ideias sobre o país. Os próprios partidos seriam também beneficiários da proposta.
Em segundo lugar, uma ideia que desagrada aos três maiores partidos da Assembleia (PSD, PS e Chega). A existência de um ciclo nacional de compensação, de modo a que o número de representantes por partido se aproxime daquilo que os eleitores escolheram. Os grandes partidos beneficiam do actual sistema e elegem mais deputados do que aqueles que deveriam eleger se o número de deputados correspondesse ao número de votos.
Em terceiro lugar, a semana de quatro dias. A direita democrática precisa de romper com uma visão do trabalho e das relações entre trabalhadores e empresários marcada por uma concepção quantitativa do trabalho,. Não faz sentido que, com a evolução tecnológica, os horários de trabalho se mantenham quase inalterados. Há condições para que em muitos sectores se avance para os quatro dias de trabalho semanal e, paulatinamente, ir alargando esse horário a todo o mundo laboral.
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