Pode a cegueira de um homem arrastar não apenas um país, mas um modo de vida - isto é, uma forma civilizacional - para a ruína? Talvez possa. A cegueira de Joe Biden pode arrastar os EUA para uma grave crise democrática e, no balanço, levar também a Europa ocidental consigo. É verdade que as crises não se podem personalizar e não são o efeito de uma pessoa, mas o problema é diferente.
Biden devia ter tido a humildade de reconhecer que a defesa da democracia nos EUA e no mundo necessitava de alguém mais jovem, mais pujante e mais capaz de lidar com a crise que enfrentamos. O problema de Biden não é ele ser o desencadeador da crise, mas de ser impotente para a enfrentar.
Retirar-se no fim do mandato por não se recandidatar, seria uma saída gloriosa. Retirar-se, como tudo aponta, por derrota às mãos de Trump é uma humilhação inútil e um acto de egoísmo que nem mesmo a um político se poderá perdoar. Um amor-próprio, o de Biden, não apenas inútil, como perigoso.
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