O poder é um cimento que solidifica as relações nas famílias políticas. Luís Montenegro que estava a caminho de ser devorado pelo seu partido recebeu o poder caído do céu aos trambolhões. Por enquanto, e com a perspectiva de aprovação do próximo orçamento, Montenegro pode dormir sossegado. Imaginemos, porém, que a governação, devido à falta de apoio no parlamento, começa a colapsar. O PSD terá alguém para o cargo de primeiro-ministro que consiga penetrar no eleitorado?
Há um nome que parece viver oculto no mundo da política, nem se sabe sequer se tem ambições nessa área, mas tudo o que faz é feito com êxito. Paulo Macedo pôs o Fisco a funcionar, foi um competente Ministro da Saúde e livrou a Caixa Geral de Depósitos dos sarilhos que a incúria e irresponsabilidade políticas a colocaram. Pode não ser um comunicador extraordinário, mas também Cavaco Silva não o era. Se Paulo Macedo decidisse entrar a sério na política não teria dificuldade em ter a direita a seus pés e, plausivelmente, parte substancial do país. Muito provavelmente seria um excelente primeiro-ministro.
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