O caso da Venezuela é um exemplo paradigmático do populismo de esquerda. Começou com Chávez e continuou com Maduro, que, perante a iminência de perder as eleições, mesmo quando controla o poder, ameaça com um banho de sangue. É importante perceber que o problema não começou com Maduro, mas com Chávez, o qual foi aproveitando o apoio popular para ir destruindo a democracia e o Estado de direito. A democracia não se resume ao voto, mas implica o Estado de direito, a separação de poderes, a independência das forças armadas e de segurança relativamente aos partidos políticos, bem como uma imprensa livre e o respeito pelas oposições. O exemplo da Venezuela serve para alertar que a ameaça populista não vem apenas da direita, embora os populismo de direita estejam particularmente activos. Também pode vir da esquerda. Seria bom que Maduro perdesse as eleições, saísse sem atropelos e que ao populismo bolivariano não sucedesse um de sinal contrário.
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