Portugal vai aumentar o seu investimento na Defesa (Público). Durante décadas, a Europa ocidental leu a realidade geopolítica de um modo completamente enviesado. Confiou na tese liberal que sustenta que o desenvolvimento do comércio torna as nações pacíficas. Ora, esqueceu uma coisa central. Nem todas as potências, seja qual for a sua dimensão, se movem por dinheiro. Há outras motivações que conduzem as políticas externas das diversas comunidades. A afirmação do poder e a dominação do outro ou a expansão religiosa são exemplos que contrariam a visão dos países ocidentais.
Foi preciso a guerra chegar à porta da União Europeia para se perceber no logro em que se tinha caído. Uma coisa é um país, ou comunidade de países, ser pacífico, outra totalmente diferente é descurar a sua defesa perante possíveis ameaças externas, mesmo que invisíveis. Os países da União Europeia, desde o fim da segunda guerra mundial, têm sido, em geral, pacíficos. Também têm sido irresponsáveis, pois confundiram pacifismo com impotência. Veremos se os esforços que agora se prometem serão suficientes para no futuro dissuadir agressões militares.
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