O Médio Oriente está crucificado por duas posições maximalistas. O grande Israel e a Grande Palestina. Qualquer uma destas grandezas implica o desaparecimento da outra. Para piorar a situação, cada uma delas tem por detrás uma narrativa religiosa legitimadora. Não se trata de chegar a acordos razoáveis, mas de realizar uma visão absoluta de um destino, um destino traçado por Deus.
Sempre que para assuntos humanos é invocado o nome de Deus pode-se esperar o pior, isto é, a entrega da situação ao diabo e a transformação da vida dos homens num inferno. Nada pior do que misturar teologia e política. Resta saber se, na verdade, é possível separá-las. Pelo menos, no Médio Oriente, onde o espírito que move as partes - mesmo parte substancial de Israel - é o da teocracia.
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