Um dos problemas estruturais da política é o do estatuto das mulheres. Não há nada como situações radicalizadas e hiperbólicas para o perceber. Uma nova lei no Afeganistão dos talibãs proíbe a mulher de ler, cantar ou falar em público. Mais, as mulheres devem cobrir todo o corpo em público, incluindo o rosto, para evitar causar tentação ou evitar olhares indesejados (aqui). Esta situação absolutamente paranóica permite perceber com clareza extrema muito do que se passa na política, mesmo na dos países ocidentais, aqui de forma mais disfarçada. Os homens não conseguem confrontar-se com o facto de as mulheres terem a liberdade de dirigir a sua própria vida e, o pior tormento, a sua sexualidade. E isto tornou-se uma questão política, como se pode ver nos EUA, mas também já na Europa. Não é por acaso que os rapazes das novas gerações se inclinam cada vez mais para soluções extremistas de direita, na ânsia de pôr as mulheres no devido lugar.
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