quarta-feira, 7 de agosto de 2024

A crise inglesa

Há um equívoco na leitura feita por muitos órgãos de informação sobre o problema dos desacatos provocados pela extrema-direita em Inglaterra. Sugerem que as mobilizações feitas se devem a uma notícia falsa propalada pelas redes sociais. Se assim fosse, o esclarecimento da verdade teria acabado de imediato com os desacatos. Ora, o que aconteceu, depois dos esclarecimentos prestados sobre a autoria do ataque, é que a desordem se intensificou. O triplo homicídio de crianças, uma delas portuguesa, foi a gota de água que as forças de extrema-direita inglesa estavam à espera. Se não fosse esse acontecimento seria outro qualquer. A expressiva votação no Reform UK, de Nigel Farage, 14% dos votos expressos, deveria ter alertado para o crescimento na população de sentimentos extremistas, os quais, mais tarde ou mais cedo, dariam cobertura a este tipo de desordem. É plausível que em Inglaterra esteja a crescer o racismo e a xenofobia e é esse crescimento que sustenta o comportamento da extrema-direita.

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