Mohammed Morsi é um exemplo claro dos equívocos das chamadas primaveras árabes. A queda de Hosni Mubarak pela contestação das ruas levou a umas eleições democráticas em que Morsi é eleito. Mas chega ao poder trata de encontrar meios de se perpetuar e agir acima da lei ou de conformar a lei ao seu gosto. A democracia serviu-lhe como meio para a eliminar. Foi deposto por um golpe militar. Condenado à morte, pena transformada em prisão perpétua, acabou por morrer de um acidente cardíaco durante um interrogatório. Todas as ilusões da exportação da democracia têm na figura de Morsi (e daquilo que o rodeia) o mais claro desmentido. A democracia não é uma mercadoria que se exporte. Necessita que se desenvolva uma cultura que a suscite e a proteja quando ela se instala, coisa que, claramente, não havia no Egipto.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.