Não tenho conhecimento sobre a evolução de epidemias e sobre o combate que se lhe deve dar. Não sei se o estado de emergência é o mais eficaz ou não. Neste caso tenha de confiar nos eleitos - pelo menos até prova em contrário - e acreditar que estão a agir de boa-fé e a utilizar o melhor conhecimento disponível (eu sei que todos nós somos muito mais inteligentes que os políticos, pelo menos enquanto não formos chamados a assumir responsabilidades). Quero ainda dizer uma outra coisa. Não acompanho aqueles que vêem na declaração do estado de emergência pelo PR um acto para criar um estado concentracionário. Não o é. É um acto democrático que visa defender as pessoas e não o abrir a porta para uma distopia orwelliana. As democracias, se funcionam, estão assentes em mãos de ferro revestidas de luvas de algodão e não devem hesitar em tirar as luvas se isso for imperioso. Por outro lado, a nossa democracia, apesar de jovem, está assente em nove séculos de história. Somos uma comunidade e sabemos bem de onde viemos e quem somos e, pelo que tenho visto, queremos continuar a ser uma comunidade, apesar de estarmos sempre dispostos a dizer mal de nós mesmos. Como referiu o PR já vimos muita coisa, já passámos por muita coisa e iremos descobrir o caminho para ultrapassar mais esta. Eu não votei no actual PR, mas ele é o meu Presidente e confio no seu discernimento político.
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