Joacine Katar-Moreira, que eu não fazia a mínima ideia quem
era, e o seu assessor, de quem também nunca tinha ouvido falar, têm pelo menos
um mérito. Transformaram muitos dos zelosos militantes do grande exército de
combatentes ao politicamente correcto em defensores da mais rígida correcção
política. Quando a incorrecção política vem de um certo lado, essa gente
baba-se com as tartufices dos politicamente incorrectos. Quando a incorrecção
política - isto é, a patetice ou tartufice - vem do outro lado, os incorrectos
passam a correctos, vão para as ruas rasgar as vestes, arrepanhar os cabelos e
clamar que a pátria e a civilização estão em perigo. Seja como for, e apesar de
me divertir a conversão de politicamente incorrectos à correcção, julgo que o
Livre já perdeu a oportunidade que os eleitores lhe deram. Talvez em Lisboa
haja eleitorado para o discurso de Joacine Katar-Moreira, mas não haverá para
eleger mais do que um deputado. Fora de Lisboa, nem pensar.
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