As escolas foram obsequiadas por mais uma daquelas ideias
que não apenas há-de salvar a educação da pátria como a alma dos homens e o
destino do mundo. Chama-se flexibilidade curricular. Como comentário à
genialidade da ideia cito Peter Sloterdijk, no começo do seu livro "Dans
le même bateau": «A frase bem conhecida de Bismarck que diz que a política
é a arte do possível contêm um aviso contra as crianças grandes que gostariam
de se apossar do Estado. Para este homem de Estado, todos os adultos que não
são capazes de aprender a diferença entre o que é politicamente possível fazer
e o que é impossível permanecem num estado de infantilidade.» Ora o problema em
Portugal é que as crianças grandes há muito se apossaram do Estado. Então na
educação elas são legião.
Subscrevo. Haja quem usa de bom senso! Continuam a fazer das nossas escolas, dos nossos alunos e do nosso trabalho laboratórios de análise de cientistas loucos que não usam método nem testam a fim de avaliar. O que interessa é mudar, ainda que para pior.
ResponderEliminarEnfim, uma prática consolidada há muito. Fazer coisas cuja finalidade é apenas aborrecer quem está nas escolas.
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