Se a esquerda pensar que Rui Rio é mais do mesmo ou
potencialmente inócuo, então equivoca-se gravemente. Não é o programa económico
que ele vier a apresentar que fará diferença. Na verdade, a política económica,
mais euro menos euro, vem da União Europeia. O que o pode diferenciar é a sua
resistência aos poderes de facto, como aconteceu no Porto, e um certo ar de
pessoa austera e rigorosa que os portugueses, apesar de não gostarem de praticar
tais virtudes, apreciam muito nos dirigentes políticos. Se a esquerda continuar
a enrolar-se em coisas como a lei do financiamento dos partidos e em práticas
pouco austeras de gastos públicos pelos governantes e nepotismo (coisas tão ao gosto
do PS), não se venha depois queixar da infidelidade do eleitorado. A relação
com o dinheiro e os cargos públicos vai ser a porta por onde Rui Rio vai tentar
entrar no poder.
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