A saída - inevitável - de Assunção Cristas do CDS não me parece que enriqueça a política. Quando ela chegou a liderança, pensei que poderia fazer um percurso interessante, porque acho que ela tem talento político. Enganei-me. Ela cometeu erros (não apenas nas europeias, mas também na acrimónia com A. Costa), não soube, como há pouco sublinhou José Miguel Júdice, criar uma distinção com o PSD, mas julgo que o problema principal não é ela, é o próprio CDS, a imagem que fabricou, os estratos sociais que apresenta como base orgânica. Esses estratos são pouco relevantes socialmente (em número de votos, entenda-se) e os resultados de hoje espelham isso. Tenho dúvidas que o CDS sobreviva caso cheguem ao parlamento a Iniciativa Liberal e o Chega. Veremos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.